sábado, novembro 19, 2005

Escreve...

Escreve-me, Amor, que eu não sei
Há quanto tempo já meu coração
Parou, gasto naquilo que te dei,
E nessas noites passadas em vão.

Escreve, Amor, uma palavra tua:
Saudade, ternura, carinho, enfim!
Volta a fazer-me sentir pura e nua,
Abraça-me em palavras só a mim.

E ,Amor, ainda que seja só a brisa
Quatro letras te peço, em carta lisa
Que me engana e que me faz sonhar.

Renova esse poema que era o nosso,
Esse que já esqueci, pois eu não posso
Perder-te no presente do verbo amar.

MariaMar (em versão espanca-me)
(aldra!)

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Escreve-me, pá, que eu ando fartinha
De esperar aqui umas merdas tuas,
E sabes, já me dano eu todinha
Porque sei que tu andas é de luas.

Escreve, porra, que não tenho tempo
Para aturar gajos com desatenção
E que só escrevem se o “vento”
Lhes dá na real gana e é de feição.

Ou me escreves uma carta e agora
Ou de mim vais é levar o fora,
Que eu mando-te é apanhar letras

Nesse sitio que desde já te arda,
Porque carta que demasiado tarda
ou sai granda bosta ou são mesmo tretas!

MariaMar (em versão pimba)
(tásse bem!)