quarta-feira, novembro 16, 2005

Por conta,

de tempos idos, plenos de segredos e outros caminhos, te venho dizer a ti que hoje a Lua se espalhou nas ondas numa versão de for ever, realmente quase que para sempre. E um always meu que será assim. Porque te hei-de lembrar.
Por conta dos tempos idos, que se escoam como areias e sedimentam no tempo e deixam gemendo ainda as ondas no areal, vê como há histórias que não são só nossas. Estão escritas em cada voo longínquo de gaivota, em cada pegada sumida, em cada rugir do mar.
Por conta dos tempos idos há um sofá, uma mesa de restaurante, uma cama, uma viagem, um local, um encontro que nos ressuscita para os dias desiguais. Os jogos de memória puxam sempre outras memórias. Mesmo que saltem apenas em palavras dançantes.Vou lembrar-te for ever.
Por conta dos tempos idos, abraço-te com os olhos e deixo que as memórias contem a sua história. Com princípio, meio e fim. E os rodeios. E as evasivas. E cercos. Nas minhas memórias que fazem da memória o jogo.
E por conta dos tempos de hoje te digo que partimos mas não deixamos a memória, mesmo que ela se altere e enfraqueça e seja apenas o que queremos lembrar como em alguns sonhos.
E por conta dos tempos idos, hoje abraço-te com o coração.
E quase iria apostar que eu vi a Lua sorrir matreira…
For ever.