sábado, setembro 30, 2006

Na possibilidade, dos impossíveis...


Imagem daqui


Gosto do fresco do Outono, nestas manhãs de Primavera.
Sinto o vento bater-me no rosto e, como uma carícia o Sol pousa em mim…
Sinto a tua presença a meu lado. Vem. Dá-me um momento de ti…
O vento revolta o meu cabelo. Ou serão as tuas mãos?
Sinto o teu cheiro dilatar-me os poros e, deixo-me cair nos meus sentimentos.
A tua boca aproxima-se da minha… já ávida da tua…
Colo-me ao teu corpo, desejando que este momento não pare.
Um frémito percorre-me e, pouco a pouco, todas as sensações explodem em mil ritmos e eu estou ali a desejar, que me possuas, que desfaças em mim, todas as ondas do teu querer…
Sinto os teus lábios percorrerem o meu corpo, e impulsivamente, volto-te deixando que a minha língua tome conta de ti.
Sacio a minha fome do teu sabor, do teu corpo, explodindo num frenesim que te faz sorrir.
- És uma selvagem, leoa!
Mergulho a cabeça no teu colo, espalhando o meu cabelo, que acaricia todo o teu corpo.
Sinto as tuas mãos, agarrarem-me fortemente a cabeça, pressionando para que fique…
Sacias-te nos meus lábios, enquanto a minha mão percorre os cantos mais íntimos do teu corpo, fazendo-te gemer de prazer…
E cada vez mais louco, aproximas-te de mim, possuindo-me como se eu fosse a tua própria carne.
As nossas almas fundem-se num grito de êxtase, que nada pode deter.
O desejo intenso em nós, não se sacia de uma só vez e retomamos a viagem, até à exaustão do nosso querer.
Abro os olhos e sorrio, mergulhando em ti o meu olhar. Tu és o meu oceano, a minha fonte jorrante.
Na possibilidade dos impossíveis, como é bom sentirmos o nosso corpo vibrar…

(Memórias de mim… Maio/2005)

segunda-feira, setembro 11, 2006

11 de Setembro, ou qualquer outro dia

Texto junto às torres: “2.863 pessoas morreram.”
Texto junto ao homem: “40 milhões de infectados pelo HIV no mundo.”
“O mundo se uniu contra o terrorismo. Também deveria se unir contra a SIDA” .



Junto às torres: “2.863 pessoas morreram”.
Junto ao velho: “630 milhões de sem-teto no mundo”.
“O mundo se uniu contra o terrorismo. Também deveria se unir contra a POBREZA”.



Junto às torres: “2.863 pessoas morreram”.
Junto ao garoto: “824 milhões de pessoas morrendo de inanição no mundo”.
“O mundo se uniu contra o terrorismo. Também deveria se unir contra a FOME.”


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*Imagens de anuncio da MTV proibido nos estados unidos da américa
nota: este post foi executado em partilha com a surpreendida

segunda-feira, setembro 04, 2006

"Temporal"

Há palavras que nos tocam a alma. Palavras sentidas, arrancadas ao interior da alma, mas que se revêem em amplitudes naturais…
Palavras que não são nossas, mas que nos são oferecidas, como ramos de jasmim de mil cores, em marés azuis que se reflectem no tempo…
As palavras que vos ofereço, foram deixadas num comentário pela
APC, do blog Camuflagens e que resolvi partilhar…com a minha singela gratidão, porque existem palavras que são verdadeiros poemas...


Imagem de autor desconhecido

O tempo, esse, o do calendário, é um intrujão. Vale o da alma, que é o nosso!
Podem passar-se anos, sem se passar nenhum, entre o momento que foi e aquele em que o lembramos.
Porque não houve corte; a linha continua, sem início ou fim; feita de um sentimento, um só punhado de momentos, um só tempo...
É o tempo do amor, porque o amor não tem um tempo. Por isso temos todos tempo de amar.
A questão nunca há-de ser temporal. A questão são os temporais!

(texto da APC)

sábado, setembro 02, 2006

de mim,,,para ti, nesta noite que escurece sem sorrisos

Estou na varanda, Ao fim do dia, no inicio do escuro das estrelas
e
da lua, Pontos ao longe. Horizonte nocturno, onde a linha se transforma em pontos de luz, Olho-te,,, A ti, Sim, a ti, que te escondes na sombra lunar
e
desenhas lágrimas de sangue numa máscara fantoche,,, A ti que te foges.
Olho-te na angústia de te saber jovem,,, quase criança, Nasce-me uma vontade de ser um déspota
e
obrigar-te a sorrir, a limpar essas lágrimas ácidas,,, coloridas no vermelho, Proibir que as lágrimas tenham cor,,, As tuas,
e
as de todos. Percorro a escuridão que se diz noite, há procura do sentido que te leva na fuga, De ti.
Procuro o abismo, a queda que te embala, num vai-vem doentio,
e
sinto uma vontade desmedida de proibir a tristeza. A tua. Ela invade o céu, que se esconde na noite lunar. Escrevo-te, com a vontade de te levar a passear no presente
e
te apontar o longe
e
de te dizer que lá, no longe se esconde o sorriso de se viver, mas que para lá chegar, é imperioso ir, é urgente caminhar, sair dessa sombra lunar que te cobre dos frios, dos medos de te seres inteira.
Fica um beijo. Olho as estrelas. Pontos de luz que se escondem do dia. Pontos que no longe, lá no longe, são eles próprios,,, o dia.

teu, sempre amigo,