sábado, setembro 02, 2006

de mim,,,para ti, nesta noite que escurece sem sorrisos

Estou na varanda, Ao fim do dia, no inicio do escuro das estrelas
e
da lua, Pontos ao longe. Horizonte nocturno, onde a linha se transforma em pontos de luz, Olho-te,,, A ti, Sim, a ti, que te escondes na sombra lunar
e
desenhas lágrimas de sangue numa máscara fantoche,,, A ti que te foges.
Olho-te na angústia de te saber jovem,,, quase criança, Nasce-me uma vontade de ser um déspota
e
obrigar-te a sorrir, a limpar essas lágrimas ácidas,,, coloridas no vermelho, Proibir que as lágrimas tenham cor,,, As tuas,
e
as de todos. Percorro a escuridão que se diz noite, há procura do sentido que te leva na fuga, De ti.
Procuro o abismo, a queda que te embala, num vai-vem doentio,
e
sinto uma vontade desmedida de proibir a tristeza. A tua. Ela invade o céu, que se esconde na noite lunar. Escrevo-te, com a vontade de te levar a passear no presente
e
te apontar o longe
e
de te dizer que lá, no longe se esconde o sorriso de se viver, mas que para lá chegar, é imperioso ir, é urgente caminhar, sair dessa sombra lunar que te cobre dos frios, dos medos de te seres inteira.
Fica um beijo. Olho as estrelas. Pontos de luz que se escondem do dia. Pontos que no longe, lá no longe, são eles próprios,,, o dia.

teu, sempre amigo,