Cousas, Poucas...
Sei que andas por aí. (Ou talvez não?...Provavelmente, afinal, não sei. Sinto.). Por isso te escrevo. ( Mania minha de escrever saudade com palavras outras, saídas do impulso de te querer, Ver). Mas tenho cousas para dizer, Sem importância, Cousas poucas, Histórias do viver, Do meu ( que o teu, esse, não sei. Ou sei? Sinto). Passei o dia sentado, À janela a ouvir os sussurros das folhas, Encomenda, Do jornal, "O relato de uma folha, no antes de ser Outono". Durou o dia todo, mais a noite. Mas valeu a pena. Afinal as folhas, Todas, Partem da árvore para serem cor, Vestem-se assim, por nossa causa, (imagina. tu!) Dizem elas, que se não se vestirem de cor, ( daquela cor, só delas.) nós perdemos a capacidade de nos olharmos por dentro. O jornal, afinal, não se interessou pela reportagem, ( Era isto que te queria dizer, não outras cousas, essas, são a moldura de te querer por perto, Aqui, Comigo, Agora.) logo esta que me reportou tempos inteiros a escrever. Era cousa perfunda, Digo eu, Digo-te eu.Paciência.
Beijos muitos
Ps: dize-me coisa qualquer. Tenho vazios de te ver.