quinta-feira, novembro 17, 2005

devaneios...

Minha querida Vulcão

Sei que andas mortinha para que te escreva uma carta.

Minha amiga, não quero que te falte nada, o que eu faço para te ver feliz. Mas prepara-te, vai sair disparate! Mas tu que já me conheces sabes que a disparatar é que me sinto bem e que de tristezas já bastam as que bastam. Hoje não é dia para poesia, rimas e afins e quando leres esta logo pela manhã eu estarei a dormir. Ah pois é, amanhã é dia de gazeta, que se lixem as horas da ministra, o que eu quero é que ela viva feliz e que as meta no …Ups, agora acho que me excedi!

Vou mudar o registo desta carta. Ignora o primeiro parágrafo. Faz de conta que não o escrevi. Alguma coisa me diz que a primeira parte irá ser censurada.

Retomemos a dita.

Minha querida amiga, sei que andas feliz. Como ficar indiferente a estados de alma assim? Se pudesse abraçava todos aqueles que amo e desenhava-lhes sorrisos na cara…
Pronto, agora vai escorrer mel.
Ignora este também.
Vou recomeçar.

Oh gaja, pensas que é fácil, depois dum dia de trabalho escrever cartas?
Queres mimos? Olha vai ver a lua! De preferência acompanhada.
Já viste o que me fazes escrever? Lá se vai a minha reputação pelo cano abaixo.
Depois disto alguém me levará a sério? (se antes já era o que era…)

Olha, fica-te pelo abraço bem apertadinho…é sentido, tu sabes!



Maria Bethânia: Fera ferida (uma música que a Vulcão adora!)