terça-feira, novembro 22, 2005

tão vulnerável um amor

Não sei escrever cartas. Mas encontrei-as. Amarelecidas pelo esquecimento, ressequidas de afectos, desdobrando-se em linhas pautadas, silenciosas. A melodia desaparecera, como desapareceram as palavras escondidas talvez em algum recanto da alma. Não lembro os destinatários. Apenas rostos descoloridos, sem memória.
E à beira das palavras, destas que recolho nos meus dedos, tento reconstruir o que deixei abandonado.