sexta-feira, outubro 28, 2005

Cartas…

Cartas têm destinatário senão não são cartas.

Escrevo para ti e no momento em que te encontras com as minhas palavras elas ganham vida, tomam forma e eu deixo de ter qualquer poder sobre elas.

Cartas são sentires senão não são cartas.

Só escrevo a quem gosto. É um carinho, um abraço envolvido nas letras que desenho.

Cartas têm mistério senão não são cartas.

Não te digo tudo. Nunca digo tudo. Fica sempre algo para que leias nas entrelinhas.

Cartas são poemas senão não são cartas.

Não os sei escrever. Já fiz várias tentativas. Mas em cada carta que te escrevo vai um pouco de mim, isso não é um poema?

Cartas têm cumplicidade senão não são cartas.

Escrevo para ti. Do meu jeito. Daquele que tu conheces e eu sei que aprecias.

Há uma criança dentro de mim, sabias? E quando ela se apodera de mim simplesmente escrevo o que me vai na alma…

Maria (a moura)