terça-feira, outubro 25, 2005

São cartas...



Gosto de cartas, sempre gostei (ponto final)
De apresentação, de viagens, de confidência, de desabafo, de alegria, de lembrança, de parabéns, de pesar, de saudade, de reencontro, de despedida até (reticências)
Toda a carta tem mistério (ponto-e-vírgula) porque nas letras juntas ficam mais do que as palavras escritas. Por isso escrevemos e voltamos a escrever. Para prender em frases parcelas de pensamentos.
As cartas têm o condão de me levar à ternura. Difícil a ternura nas rotas de hoje e navegar é preciso (ponto de exclamação)
Foi esta a minha primeira carta de mar(inhar), entre parênteses. Também eu gosto de barcos de sonho, com ou sem asteriscos nos portos onde atracam. Desde que os ventos estejam de feição e o sentir seja de liberdade em mar onde se alongue a vista, não achas (ponto de interrogação)
Que se sigam as coordenadas, que nos possamos orientar pelas estrelas, que se dê a volta ao mundo (dois pontos) eu também quero ir.
E porque alguém me disse (aspas) que o tempo nos foge sempre, eu hei-de falar do Tempo. Noutras cartas. Noutras navegações.

(Travessão) São cartas, marinheiros, são cartas… e cartas são (sinais).