quinta-feira, outubro 27, 2005

Carta I

Carta I

Nem sei porque te escrevo? Se tenho a certeza absoluta, analítica e sintética, que nunca terás acesso a esta carta.
Às vezes interrogo-me. Há quanto tempo foi? Ontem? Não! Foi há tanto tempo.
Sabes, neste momento estou a viver em Cascais. Gosto da cidade, de calcorrear as ruelas sem destino, onde descubro sempre recantos, cheiros e outras coisas que me fazem viver, mas por vezes, como hoje, sinto uma saudade e uma nostalgia tão grande que não me cabe no peito, e que me parece estrangular de aflição.
Sinto saudades tuas. Que é feito de ti?
Sabes?! Não, claro que não! Mas ainda tenho o número do teu telefone gravado no meu telemóvel, de vez em quando vou à agenda procuro-o, mas não tenho coragem de ligar.
Sei que me irás repetir pela milésima vez.
Não posso!!!
Nem sei porque te escrevo……